domingo, 14 de fevereiro de 2010

Rosto sem nome, corpo sem alma



Olho por olho
Dente por dente
Constantemente
Têm sido assim
Enfim, é a tal lei da selva
Conflitos, atritos
Tanto quanto o orvalho que de manhã cobre a relva
Quero crer
Que nem todo mundo é mau
Quero crer
O baú de valores não se tornou algo banal
É difícil
Se durmo em frente a um edifício
Me acordam com gritos, xingos, chutes
Porteiros, policiais, rivais
Ou carecas fazendo apologia
De uma ideologia
Lá da terra do chucrute
Ignorado, desprezado ao dia
Preocupado, assustado
Noites, madrugadas adentro
Um terço nas mãos, o meu alento
Álcool e crack me preenchem com dormência
Efeito dominó
Lá se vai a resistência, gana por sobrevivência
Inerte, entregue à própria sorte
Aturdido, orgulho ferido
Esperando alívio nos braços da morte
Queria crer
Que nem todo mundo é mau
Queria crer
Que estava enganado
Choro, pois felicidade não conheci aqui
Sorrio, esperançoso que ela esteja do outro lado


Autor: Plebeu
Ouvindo: Contato com o Mundo Racional - Tim Maia

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